A campanha do Ministério do Meio Ambiente tá muito bacana:
Em 50 anos,a Terra tem sido radicalmente alterada,mais do que por todas as gerações anteriores da humanidade. É tarde demais para ser um pessimista. A nova aventura humana deve ser baseada em moderação,inteligência e partilha. É hora de se unir. O que é importante não é o que se passou,mas o que permanece. Todos nós temos o poder da mudança.Então, o que estamos esperando?Cabe a nós escrevermos o que acontecerá a seguir. Juntos. Vamos ser consumidores responsáveis. Pense sobre o que comprar!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Desaparecimento dos rapanuis
A tragédia de Páscoa
Ao descobrir uma pequena ilha no meio do Pacífico Sul, no domingo de Páscoa de 1722, o navegador holandês Jacob Roggeveen ficou impressionado. Não pela beleza, pois já havia visto ilhas bem mais paradisíacas. O que causou espanto foram gigantescas estátuas de pedra, espalhadas pela ilha. Nos 150 anos que se seguiram, pelo menos mais 53 expedições européias alcançaram o pedaço de terra. Os diários de bordo dos exploradores relatam que, a cada nova visita, menos daquelas figuras enormes eram avistadas ao longe: elas estavam todas sendo derrubadas. Até que, em 1825, os tripulantes de um navio inglês não encontraram mais nenhuma em pé.
Segundo os exploradores europeus, as estátuas, chamadas de moais, pareciam testemunhas de uma sociedade em colapso. O próprio Roggeveen escrevera em seu diário: “A aparência destruída não poderia dar outra impressão além de pobreza e improdutividade singulares”. Em meados do século 18, o povo rapanui, que habitava a Ilha de Páscoa, já estava em decadência.
Bem antes da chegada dos europeus, a ilha experimentara séculos de progresso, com plantações em franca expansão e comida abundante. Em algum momento, entretanto, algo deu muito errado. A população cresceu demais, as florestas sumiram, o solo sofreu erosão, a agricultura não vingou mais e as aldeias rapanuis se consumiram em guerras. Para um grande número de pesquisadores, o colapso foi causado pela ação descuidada do homem sobre a natureza. Não é à toa que a Ilha de Páscoa é atualmente apontada como uma espécie de metáfora do futuro da Terra: o que houve com os rapanuis é mais ou menos o que pode acontecer com a gente.
Umbigo do mundo
Distante 3600 quilômetros do continente mais próximo, a América do Sul, e 2 mil quilômetros da ilha mais próxima, Pitcairn, a Ilha de Páscoa é um dos pontos mais isolados do planeta. Tem 163 quilômetros quadrados – metade da área de Belo Horizonte, a capital mineira. O nome dado pelos rapanuis a seu território fazia jus à situação geográfica: Te Pito Henua (algo como “o umbigo do mundo”). A ilha também era chamada de Rapa Nui, ou “Rapa Grande”, por sua semelhança com uma ilha menor chamada Rapa.
A história da ilha é controversa. Não existe nenhum registro escrito anterior à chegada dos europeus. A data da colonização do local também não é certa. Estudos recentes apontam que, por volta do ano 1000, ela foi alcançada por povos polinésios. Pouco mais de 100 deles teriam encontrado uma ilha rica em fauna e flora, com solo fértil, coberta por um tipo grande de palmeira, que costumava alcançar 25 metros. A tradição rapanui conta que o primeiro colonizador, Hotu Matu’a, chegou à ilha com sua família. A lenda é que ele teria se transformado no primeiro rei de Rapa Nui – e seus descendentes, assumido o posto nos séculos seguintes.
Os rapanuis eram comandados por um único líder, mas a sociedade se dividia em vários clãs familiares. Eles viviam em casas feitas de madeira, palha e folhas secas. Os vilarejos mais ricos eram os que tinham mais galinheiros – enormes e feitos de pedra –, pois as galinhas eram uma importante moeda de troca. O ponto mais importante de cada vila era o centro cerimonial. Esses centros eram compostos de um altar, o ahu, sobre o qual os gigantescos moais ficavam. As estátuas de pedra eram construídas em homenagem a alguém importante do clã que havia morrido. Sua posição estratégica – de costas para o mar, olhando para o vilarejo – servia para que, direto da outra vida, o morto continuasse a olhar por seu povo.
Adeus às árvores
Entre os séculos 11 e 14, a sociedade rapanui viveu seus dias de glória. O solo vulcânico favorecia o cultivo de diversos alimentos, especialmente a batata-doce. A agricultura eficiente resultou em um baita crescimento populacional – estima-se que a ilha chegou a ter 15 mil pessoas. Aí começaram os problemas. Um número maior de habitantes exigia que mais áreas fossem devastadas. “O plantio em grande escala necessita de um campo aberto”, afirma o arqueólogo Christopher Stevenson, autor de Easter Island Archaeology (“Arqueologia da Ilha de Páscoa”, inédito em português). “Outras demandas pela madeira foram para usá-la como combustível e nas estruturas de casas e barcos.”
As palmeiras serviam para construir as canoas que os habitantes da ilha usavam em alto-mar para pescar um importante item de sua dieta: golfinhos. Como a vida marinha ao redor da ilha não era tão abundante, só os pescadores mais experientes, com suas canoas duplas (semelhantes a catamarãs), conseguiam trazer golfinhos para a mesa. A carne do bicho era muito apreciada, assim como a de foca e de 25 tipos de pássaros selvagens. Adivinhe como isso tudo era preparado? Com a queima da lenha retirada nas florestas.
Mas não era só a alimentação que provocava desmatamento. Ele foi intensificado por uma disputa que tomou conta da ilha: a obsessão por construir moais. Os diferentes vilarejos criavam estátuas cada vez maiores. Os primeiros moais, que teriam sido feitos por volta de 1100, tinham entre 2 e 3 metros de altura. Já o maior que chegou a ser posto sobre um altar, esculpido cerca de 300 anos depois, tem 10 metros e pesa 82 toneladas. Aos pés do vulcão Rano Raraku, onde todos os moais eram construídos, há uma estátua com mais de 15 metros e cerca de 270 toneladas, que não chegou a ser terminada.
Mas o que fazer moais tem a ver com derrubar árvores? Segundo os pesquisadores, levar um moai do vulcão até um vilarejo e deixá-lo em pé era um trabalho que exigia muita madeira (veja infográfico acima). Além disso, de acordo com a arqueóloga americana Jo Anne van Tilburg, da Universidade da Califórnia, um quarto dos alimentos de Rapa Nui era consumido no processo de produção e transporte dos moais – atividades que envolviam entre 50 e 500 pessoas de cada vez.
Conforme as palmeiras eram arrancadas, uma série de problemas no solo começou a aparecer. “A terra de cultivo ficou exposta ao sol, ao vento e à chuva”, afirma o arqueólogo Claudio Cristino, da Universidade do Chile, um dos maiores estudiosos de Ilha de Páscoa. O solo sofreu erosão e muitos vilarejos ficaram inabitáveis, pois nada brotava ao seu redor. “Com a destruição dos solos férteis, não é difícil imaginar drásticos períodos de fome em Rapa Nui. Tensões sociais extremas causaram conflitos e a população da ilha, que teria chegado a 15 mil pessoas, começou a diminuir”, diz Cristino, autor de 1000 Años en Rapa Nui (“1000 anos em Rapa Nui”, sem tradução para o português).
Esse processo de decadência, de acordo com a maior parte dos estudiosos, ocorreu entre os séculos 16 e 17 – antes da chegada dos europeus. Segundo Cristino, a tradição oral rapanui menciona um período de guerras entre aldeias. Quando derrotavam os membros de determinado clã, os vencedores derrubavam os moais do vilarejo de cara para o chão – a maior humilhação que podia ser feita. As expedições européias que visitaram a Ilha de Páscoa ajudaram a piorar a crise, espalhando epidemias e levando pascoenses como escravos. No fim do século 19, havia pouco mais de 100 pessoas na ilha. Basicamente o mesmo número que teria aportado por lá 1000 anos antes e fundado a sociedade rapanui.
Culpa de quem?
Estudiosos divergem quanto aos motivos do desastre da ilha. O geógrafo Jared Diamond, autor de matérias e livros sobre o assunto, batizou a tragédia de “ecocídio”. Ao devastar os recursos naturais da ilha, os rapanuis teriam provocado um desequilíbrio que resultou no fim de um ecossistema e causou seu próprio extermínio. “A história da Ilha de Páscoa é o exemplo extremo de destruição florestal no Pacífico e está entre os mais extremos do mundo: a floresta desapareceu e todas suas espécies de árvores se extinguiram”, escreveu.
Leia mais: http://visaoglobal.org/2007/10/27/o-alerta-que-vem-da-ilha-de-pscoa/#ixzz18ZC4IuPg
Já para o antropólogo americano Terry Hunt, da Universidade do Havaí, não há evidência de que o colapso da população tenha ocorrido antes do contato com os europeus. Hunt sustenta que Rapa Nui foi colonizada bem depois do que se acredita – por volta de 1200. Assim, não haveria tempo para que, em pouco mais de três séculos, a população saltasse para 15 mil habitantes. Sem superpopulação, a teoria do ecocídio não faria muito sentido. Para Hunt, a queda das árvores foi causada por uma mudança climática que ocorreu ao longo dos séculos. E foi intensificada por uma espécie trazida pelos europeus: os ratos. Alimentando-se de frutos e sementes da palmeira, os roedores dificultavam o nascimento de novas árvores.
Discordando da maioria dos especialistas, Hunt afirma que a ação dos colonizadores foi decisiva para acabar com o povo rapanui – assim como ocorreu com muitas outras sociedades pré-colombianas da América, dos astecas aos tupinambás. As expedições européias que freqüentaram a Ilha de Páscoa entre 1722 e 1877 tinham como principal atrativo a população local. Os homens serviam de mão-de-obra escrava em países colonizados pela Espanha e pela Inglaterra. As mulheres viravam escravas sexuais. O missionário alemão Sebastian Englert escreveu sobre dois navios que chegaram lá à procura de escravos.
Segundo o padre, a tripulação capturou 150 nativos e os levou ao Peru, onde todos foram vendidos. Diversas outras expedições fizeram o mesmo.
Na opinião do britânico John Flenley, professor de Geografia na Universidade Massey, na Nova Zelândia, e co-autor de The Enigmas of Easter Island ("Os enigmas da Ilha de Páscoa", também inédito em português), o que ocorreu foi uma combinação de fatores.
"A superpopulação, o declínio dos recursos naturais, a exaustão do solo, as guerras e possivelmente uma mudança climática levaram a sociedade à extinção", diz. "Há a possibilidade de um contato prévio com os espanhóis ter auxiliado, mas não há evidência real para isso." Flenley não acredita na teoria do "ecocídio". "Isso soa rude para o povo rapanui. Eu acredito que eles fizeram exatamente o mesmo que outras sociedades fariam. É da natureza humana explorar o meio ambiente. Apenas o controle de população os teria salvado, mas os métodos disponíveis eram absurdos, como o infanticídio. Eles então entraram em guerra. Nós faríamos o mesmo."
Hoje a Ilha de Páscoa pertence oficialmente ao Chile, país ao qual foi anexada em 1888. Seus habitantes vivem no vilarejo de Hanga Roa, onde funciona o centro comercial da ilha. Há poucas árvores replantadas na ilha, que vive principalmente do turismo.
A história dos antigos rapanuis é contada pelos atuais moradores como exemplo a não ser seguido hoje, mas o paralelo com o mundo atual é inevitável. "Há algumas lições a serem aprendidas com a história da Ilha de Páscoa", afirma John Flenley. "As principais são claras: para não se extinguir, uma sociedade tem de ter controle de natalidade, conservação ecológica e sustentabilidade."
SAIBA MAIS
Livro 1000 Años en Rapa Nui, P. Vargas, C. Cristino e R. Izaureta, Editorial Universitaria, 2006
Estudo feito por três décadas, realizado por dois arqueólogos e um cartógrafo, relata com detalhes a pré-história da ilha.
COLAPSO, Jared Diamond, Editora Record, 2005
Neste livro, Jared Diamond usa lições dos desastres ambientais do passado como alerta para os perigos que ameaçam a sobrevivência dos seres humanos
Site
ioa.ucla.edu/eisp/history/whatis.htm
O projeto mantido pela arqueóloga Jo Anne van Tilburg tem muitos detalhes sobre os moais.
ioa.ucla.edu/eisp/history/whatis.htm
O projeto mantido pela arqueóloga Jo Anne van Tilburg tem muitos detalhes sobre os moais.
Fonte: Planeta Sustentável/ blog Vade-Mecum
Leia mais: http://visaoglobal.org/2007/10/27/o-alerta-que-vem-da-ilha-de-pscoa/#ixzz18ZC4IuPg
Dicas:Como Deixar seu Guarda-roupa "Verde"
1. Planeje antes de comprar
Abandone as compras por impulso. Pode ser uma maneira de pensar também em você, analisando bem se aquela roupa ou acessório servem para você ou é só uma vontade passageira. Caso contrário, além de gastar dinheiro, você perderá espaço no armário.
2. Ame suas roupas
Cuide-as com carinho. Evite usar em casa roupas de festa, trabalho ou qualquer outra peça que pretende usar para sair. ‘Acidentes’ domésticos provocam pequenos desastres como manchas ou tecidos queimados. Se cair um botão ou tiver que ajustar um pouco, procure uma costureira e veja se há como reparar. Para os mais empolgados, é uma boa hora para aprender a lidar com linhas e agulhas.
3. Evite lavagem a seco
Máquinas de lavagem a seco usam tetrachloroethylene, uma substância cancerígena. Procure lavanderias que trabalhem com “wet cleaning” ou CO2 líquido. Muitas peças que antes eram lavadas a seco já podem ser lavadas a mão, especialmente as de seda, lã e linho. Fique de olho nas etiquetas. Se você preferir recorte-as, cole-as em um pequeno caderno ou guarde-as em uma caixinha para conferir as orientações quando precisar.
4. Compre peças antigas ou usadas
Use a criatividade e tenha um estilo próprio. Busque em bazares, feirinhas, brechós, clothing swaps entre amigas. Vale tudo. Se tiver roupas ‘herdadas’ que possam ser interessantes, aposte. Acessórios antigos sempre fazem a festa. Tenha cuidado para ver se tudo está ok. Peças antigas ou usadas podem estar danificadas pelo tempo ou pelo uso. Dependendo, uma reforma resolve. Ainda sobra espaço para uma boa customizada.
5. Lave bem
Tenha cuidado para não disperdiçar energia. Junte bastante roupa antes de lavar, para economizar na água, luz e sabão. Procure usar a temperatura mais baixa possível. Opte por alternativas naturais na remoção de manchas nos tecidos e produtos que sejam livre de fosfato e biodegradáveis. Se estiver procurando por uma lavadora nova, verifique se possui selo de economia energética (Energy Star label, nos EUA, e, no Brasil, do Inmetro). A mesma dica vale para os ferros elétricos.
6. Vista orgânicos
Os tecidos orgânicos chegaram para ficar. Desde o algodão até a seda, certifique-se de que possui selo de autenticação (que identifica se a produção realmente é feita sem agrotóxicos). Informe-se sobre os métodos de tingimento e a origem das matérias-primas. A escolha pelos orgânicos é benéfica não só para o consumidor como para o meio-ambiente, evitando uma produção gigantesca de resíduos altamente nocivos.
7. Encontre uma nova utilidade
Reciclar não é somente reaproveitar. Seja criativo, inspire-se no mundo a sua volta e aproveite o que já existe para reinventar. A proposta está sendo cada vez mais abraçada por estilistas internacionais – chegando a ser desafio até mesmo para o pessoal do Project Runaway. Observe aquelas roupas e acessórios antigos e descubra potenciais fashion adormecidos. Caso não agrade a idéia, reúna o que não precisa mais e leve a entidades carentes. Se nós não encontramos novidade, outros poderão encontrar.
8. Investigue as origens
Nesse boom de novos tecidos, desconfie do mote ecológico. Como tudo na vida, o que aparentemente poderia ser a solução, pode ser um problema. Fibras de bamboo são fontes fantasticamente renováveis – mas tornam-se um perigo se suas plantações tomarem espaço de florestas. A mesma coisa acontece com a soja e o milho, além de outros tecidos mais elaborados como o Tencel (de origem vegetal). Mantenha-se informado e faça escolhas conscientes.
9. Escolha roupas éticas
Muitas empresas, além de cuidarem da natureza, investem em sustentabilidade e responsabilidade social. Valorize e incentive esse tipo de ação. Procure saber onde ficam as fábricas das empresas que você compra. Muitas multinacionais utilizam abordagens de mercado que incluem maximizar o lucro e deixar de lado preocupações humanitárias, como a luta pelo fim da exploração de mão-de-obra infantil e escravidão (problemas comuns em países latinos, asiáticos e africanos).
10. Não desperdice
Não é porque aquele vestido não está na próxima tendência que ele merece ir pro lixo. Se for algo que de-jeito-nenhum-você-usará-novamente, venda, troque, doe. Há muita gente no mundo precisando de ajuda. Fique informado sobre ONGs e entidades que prestam auxílio a pessoas necessitadas. Colabore com movimentos de apoio a vítimas de catástrofes climáticas (como enchentes e tempestades). É uma maneira de amenizar as conseqüências do aquecimento global e motivar uma mudança.
Abandone as compras por impulso. Pode ser uma maneira de pensar também em você, analisando bem se aquela roupa ou acessório servem para você ou é só uma vontade passageira. Caso contrário, além de gastar dinheiro, você perderá espaço no armário.
2. Ame suas roupas
Cuide-as com carinho. Evite usar em casa roupas de festa, trabalho ou qualquer outra peça que pretende usar para sair. ‘Acidentes’ domésticos provocam pequenos desastres como manchas ou tecidos queimados. Se cair um botão ou tiver que ajustar um pouco, procure uma costureira e veja se há como reparar. Para os mais empolgados, é uma boa hora para aprender a lidar com linhas e agulhas.
3. Evite lavagem a seco
Máquinas de lavagem a seco usam tetrachloroethylene, uma substância cancerígena. Procure lavanderias que trabalhem com “wet cleaning” ou CO2 líquido. Muitas peças que antes eram lavadas a seco já podem ser lavadas a mão, especialmente as de seda, lã e linho. Fique de olho nas etiquetas. Se você preferir recorte-as, cole-as em um pequeno caderno ou guarde-as em uma caixinha para conferir as orientações quando precisar.
4. Compre peças antigas ou usadas
Use a criatividade e tenha um estilo próprio. Busque em bazares, feirinhas, brechós, clothing swaps entre amigas. Vale tudo. Se tiver roupas ‘herdadas’ que possam ser interessantes, aposte. Acessórios antigos sempre fazem a festa. Tenha cuidado para ver se tudo está ok. Peças antigas ou usadas podem estar danificadas pelo tempo ou pelo uso. Dependendo, uma reforma resolve. Ainda sobra espaço para uma boa customizada.
5. Lave bem
Tenha cuidado para não disperdiçar energia. Junte bastante roupa antes de lavar, para economizar na água, luz e sabão. Procure usar a temperatura mais baixa possível. Opte por alternativas naturais na remoção de manchas nos tecidos e produtos que sejam livre de fosfato e biodegradáveis. Se estiver procurando por uma lavadora nova, verifique se possui selo de economia energética (Energy Star label, nos EUA, e, no Brasil, do Inmetro). A mesma dica vale para os ferros elétricos.
6. Vista orgânicos
Os tecidos orgânicos chegaram para ficar. Desde o algodão até a seda, certifique-se de que possui selo de autenticação (que identifica se a produção realmente é feita sem agrotóxicos). Informe-se sobre os métodos de tingimento e a origem das matérias-primas. A escolha pelos orgânicos é benéfica não só para o consumidor como para o meio-ambiente, evitando uma produção gigantesca de resíduos altamente nocivos.
7. Encontre uma nova utilidade
Reciclar não é somente reaproveitar. Seja criativo, inspire-se no mundo a sua volta e aproveite o que já existe para reinventar. A proposta está sendo cada vez mais abraçada por estilistas internacionais – chegando a ser desafio até mesmo para o pessoal do Project Runaway. Observe aquelas roupas e acessórios antigos e descubra potenciais fashion adormecidos. Caso não agrade a idéia, reúna o que não precisa mais e leve a entidades carentes. Se nós não encontramos novidade, outros poderão encontrar.
8. Investigue as origens
Nesse boom de novos tecidos, desconfie do mote ecológico. Como tudo na vida, o que aparentemente poderia ser a solução, pode ser um problema. Fibras de bamboo são fontes fantasticamente renováveis – mas tornam-se um perigo se suas plantações tomarem espaço de florestas. A mesma coisa acontece com a soja e o milho, além de outros tecidos mais elaborados como o Tencel (de origem vegetal). Mantenha-se informado e faça escolhas conscientes.
9. Escolha roupas éticas
Muitas empresas, além de cuidarem da natureza, investem em sustentabilidade e responsabilidade social. Valorize e incentive esse tipo de ação. Procure saber onde ficam as fábricas das empresas que você compra. Muitas multinacionais utilizam abordagens de mercado que incluem maximizar o lucro e deixar de lado preocupações humanitárias, como a luta pelo fim da exploração de mão-de-obra infantil e escravidão (problemas comuns em países latinos, asiáticos e africanos).
10. Não desperdice
Não é porque aquele vestido não está na próxima tendência que ele merece ir pro lixo. Se for algo que de-jeito-nenhum-você-usará-novamente, venda, troque, doe. Há muita gente no mundo precisando de ajuda. Fique informado sobre ONGs e entidades que prestam auxílio a pessoas necessitadas. Colabore com movimentos de apoio a vítimas de catástrofes climáticas (como enchentes e tempestades). É uma maneira de amenizar as conseqüências do aquecimento global e motivar uma mudança.
REUSAR é melhor que reciclar
Por que reusar é melhor que reciclar?
REUSAR é muito confundido com RECICLAR, mas são ações bem diferentes. Reusar significa qualquer atividade que estenda a vida útil de um objeto, enquanto reciclar é o reprocessamento de um objeto que resulta em uma matéria prima a ser utilizada na produção de um novo objeto. Como por exemplo, a moagem de pneus de borracha e sua incorporação no asfalto. O reuso não é algo novo, a novidade está na atual necessidade do reuso. O reuso pode ser feito de várias maneiras: na compra de produtos duráveis, compra e venda de produtos usados em mercados, empréstimo, aluguel, escolha de empresas que praticam trocas, refil e doações. Ele também é feito ao mantermos e cuidarmos de produtos.
Por que o reuso é tão importante?
Porque ao mesmo tempo em que contribui para a redução do descarte, o reuso também sustenta uma confortável qualidade de vida e apoia a economia produtiva. Com poucas exceções, o reuso realiza esses objetivos de maneira mais efetiva que a reciclagem e faz isso da seguinte maneira:
- incentiva a redução de exploração de matéria prima;
- preserva energia que seria utilizada na produção de um novo produto;
- reduz a utilização de recursos valiosos como combustível, florestas e água, ajudando a proteger habitats naturais;
- produz menos poluição no ar e na água do que o processo de produzir um novo produto ou reciclar;
- resulta em um descarte menos prejudicial;
- economiza dinheiro em compras e gastos com descarte
- gera novos negócios e oportunidades de emprego para pequenos e grandes empreendedores
- cria uma oferta acessível de produtos que geralmente são de ótima qualidade.
(Adaptado do livro Choose to Reuse,by Nikki & David Goldbeck, publicado nos Estados Unidos pela editora Ceres Press)
REDUZIR
Reduzir é escolher o que é retornável. Prefira embalagens que possam ser utilizadas mais de uma vez, como garrafas de vidro de cerveja e refrigerante.
REUSAR
Toda embalagem retornável pode ser reutilizada. Por exemplo, copos de requeijão e potes de geleia podem ser utilizados para guardar alimentos como compotas, biscoitos e toda sorte de mantimentos. Dentre as embalagens, as de vidro são as mais indicadas já que evitam a contaminação dos alimentos, podem ir ao freezer e ao microondas e possuem tempo de decomposição inferior às embalagens de plástico.
REUSOS INESPERADOS:
Por que o reuso é tão importante?
Porque ao mesmo tempo em que contribui para a redução do descarte, o reuso também sustenta uma confortável qualidade de vida e apoia a economia produtiva. Com poucas exceções, o reuso realiza esses objetivos de maneira mais efetiva que a reciclagem e faz isso da seguinte maneira:
- incentiva a redução de exploração de matéria prima;
- preserva energia que seria utilizada na produção de um novo produto;
- reduz a utilização de recursos valiosos como combustível, florestas e água, ajudando a proteger habitats naturais;
- produz menos poluição no ar e na água do que o processo de produzir um novo produto ou reciclar;
- resulta em um descarte menos prejudicial;
- economiza dinheiro em compras e gastos com descarte
- gera novos negócios e oportunidades de emprego para pequenos e grandes empreendedores
- cria uma oferta acessível de produtos que geralmente são de ótima qualidade.
(Adaptado do livro Choose to Reuse,by Nikki & David Goldbeck, publicado nos Estados Unidos pela editora Ceres Press)
REDUZIR
Reduzir é escolher o que é retornável. Prefira embalagens que possam ser utilizadas mais de uma vez, como garrafas de vidro de cerveja e refrigerante.
REUSAR
Toda embalagem retornável pode ser reutilizada. Por exemplo, copos de requeijão e potes de geleia podem ser utilizados para guardar alimentos como compotas, biscoitos e toda sorte de mantimentos. Dentre as embalagens, as de vidro são as mais indicadas já que evitam a contaminação dos alimentos, podem ir ao freezer e ao microondas e possuem tempo de decomposição inferior às embalagens de plástico.
REUSOS INESPERADOS:
Casa Rústica
Porta Retratos
Banquinho de mola de caminhão
Cadeira de janela
Vagalumes
Cama de gato
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Fraldas ecológicas e reutilizáveis
A fralda é um dos elementos essenciais à vida de um bebê recém-nascido. É também onde os pais gastam a maior parte do orçamento e convenhamos, não são dos produtos mais ecológicos. Uma fralda descartável pode levar 500 anos a decompor-se. A alternativa são as fraldas de pano, ecológicas e reutilizáveis.
As fraldas de pano são ideais para os pais que querem o melhor para o seu bebê e que têm preocupações ecológicas. Completamente laváveis, reduzem a necessidade e o gasto de estar constantemente comprando fraldas novas, podendo utilizar-se sempre as mesmas, até para os bebês seguintes.
Fabricadas com produtos naturais e respiráveis, geralmente algodão orgânico não branqueado (evitando-se assim o uso de químicos nocivos), reduzem os riscos de dermatites e ajudam o bebê a largar as fraldas mais cedo.
Para optar por uma vida mais ecológica e por uma poupança a longo prazo, as fraldas recicladas podem ser uma boa solução. As fraldas recicláveis, ou fraldas de pano atuais, já nada têm a ver com as fraldas usadas no passado. Esqueça os alfinetes e as fraldas que vazavam tudo, as novas fraldas de pano são bem diferentes.
Para ficar com uma ideia acerca das fraldas ecológicas, a Quercus, organização ambiental, realizou um Estudo de Caso com o intuito de conhecer e analisar os impactos ambientais associados ao uso de fraldas descartáveis versus fraldas reutilizáveis.
A experiência decorreu durante 3 meses e meio, entre Fevereiro e Maio de 2010, e foram utilizadas as 4 marcas de fraldas reutilizáveis disponíveis no mercado.
Neste estudo foi possível verificar que o uso de fraldas reutilizáveis permite reduzir a produção de resíduos, nomeadamente 8kg/semana/bebê, uma redução que assume um total de 1 tonelada por bebê, durante o tempo em que necessita usar fraldas – uma média de 2 anos e meio. Neste estudo não foi verificado um acréscimo de consumo de energia associado à lavagem, mas sim uma otimização da própria lavagem uma vez que desta forma a máquina ficará com carga completa. Sendo assim, conclui-se que as fraldas reutilizáveis permitem:
- Redução da produção de 1 tonelada de resíduos de fraldas/bebê;
- Optimizações das lavagens – podem ser lavadas na máquina juntamente com a restante roupa a temperaturas baixas (40ºC);
- Secagem fácil ao ar sem o recurso a secagem mecânica;
- Suportam cerca de 800 lavagens;
- Quando um bebé deixar de usar, podem passar de filho para filho, podendo ser reutilizadas até 3 bebés;
- Uma poupança de cerca de 500€/bebê(+ ou - R$1115,00);
Hoje em dia um grupo crescente de pessoas procura soluções alternativas às fraldas descartáveis pensando na preservação do meio ambiente. O movimento ainda é mais acentuado no Canadá, EUA e Europa. Mas já chegou ao Brasil.
Fatos e realidade:
-uma criança utiliza 5500 fraldas durantes seus primeiros 2 anos de vida;
-fraldas levam em média 450 anos em sua decomposição, nos lixões;
- conta-se 5 árvores abatidas para 5500 fraldas descartáveis;
- em média, 2% do lixo recolhido correspondem à fraldas descartáveis (ex o município de SP produz 13.000 toneladas diárias de lixo = 260 toneladas diárias de fraldas descartáveis)
- um bilhão de árvores são usadas, no mundo inteiro, por ano, para suprir a indústria de fraldas. Quanto é mil bilhões de fraldas em termos de volume?
- no processo de branqueamento da polpa de madeira para fabricação do papel, (sendo que este também é utilizado nas fraldas), há liberação de dioxinas. E também caso o lixo plástico (leia-se fraldas descartáveis ídem) seja queimado.
-uma criança utiliza 5500 fraldas durantes seus primeiros 2 anos de vida;
-fraldas levam em média 450 anos em sua decomposição, nos lixões;
- conta-se 5 árvores abatidas para 5500 fraldas descartáveis;
- em média, 2% do lixo recolhido correspondem à fraldas descartáveis (ex o município de SP produz 13.000 toneladas diárias de lixo = 260 toneladas diárias de fraldas descartáveis)
- um bilhão de árvores são usadas, no mundo inteiro, por ano, para suprir a indústria de fraldas. Quanto é mil bilhões de fraldas em termos de volume?
- no processo de branqueamento da polpa de madeira para fabricação do papel, (sendo que este também é utilizado nas fraldas), há liberação de dioxinas. E também caso o lixo plástico (leia-se fraldas descartáveis ídem) seja queimado.
http://loja.bebesdaterra.pt/ enviam para o Brasil
E se pudesse lavar a roupa sem utilizar detergentes?...ÖKOBALL!!!
Okoball é um produto recém lançado no Brasil que auxilia na lavagem das roupas, poupando assim cerca de 80% do uso de sabão em pó, amaciantes e demais produtos de limpeza.
Trata-se de uma ´´bola`` super resistente repleta de furos externos. Internamente possui diversos ímãs e cerâmicas que auxiliam na lavagem das roupas na máquina de lavar. Cada Okoball rende aproximadamente 1.500 lavagens.
Experimentamos a Okoball para lavar as fraldas e roupas do nosso bebê e de nossa filha de 2 anos. Estamos obtendo excelentes resultados, com uso insignificante de sabão e amaciante.
Além de promover uma lavagem ecológica, a Okoball possibilita uma lavagem sem elementos químicos, altamente recomendada para fraldas e roupas infantis.
A Okoball é constituída por quatro principais cerâmicas naturais e ímãs permanentes, contidos numa esfera plástica não tóxica e 100% ecológica e reciclável. Quando comparado ao processo normal de lavagem de roupas, diminui os riscos alérgicos causados pelos produtos químicos, elimina os micro-organismos patogênicos, é recomendada para lavagens de roupas de crianças e pessoas com pele sensível e com tendência a alergias, proporcionando conforto, bem-estar e economia.
COMO FUNCIONA
A poderosa ação da onda magnética dos raios infravermelhos da Okoball quebra as combinações do Hidrogênio da molécula em pequenos aglomerados e os força a estarem ativos, aumentando o movimento molecular. Essa ação aumenta a penetração da água no tecido, trazendo resultados com diminuição em 80% de produtos químicos na lavagem de roupas e 100% de benefícios para o meio ambiente.
BENEFÍCIOS
- Elimina a quantidade de produtos poluentes lançados na natureza
- Economiza 80% nos gastos com produtos tradicionais
- Elimina o bolor e os micro-organismos patogênicos em máquinas de lavar roupas, tanquinhos e outros recipientes
- A Okoball protege os tecidos contra a oxidação e descoloração causadas pelo cloreto da água
- Deixa suas roupas macias, sem resíduos químicos e com cores mais vivas
- A Okoball suporta lavagens de até 90º C de temperatura
- Elimina odores desagradáveis de geladeiras e congeladores ajudando a conservar melhor os alimentos
- Okoball é a bola de lavar nº1 da Europa com 0% de reclamações.
- Durabilidade de 3 anos ou 1500 lavagens
- Certificados: ISO 9.001, ISO 14.001 e TUV.
- GARANTIA DE 3 ANOS
COMO UTILIZAR
Quando for lavar, recomendamos separar as roupas por cores e tecidos, como é habitual. Depois de separadas, coloque-as na máquina, ou tanquinho, e posicione a Okoball entre as peças de roupa.
Dependendo do grau de sujeira, adicione de 5 a 20% do produto químico habitual na lavagem, para aumentar a eficácia da Okoball.
Acima de 4,5Kg de roupa, recomenda-se o uso de duas unidades da Okoball.
Para obter melhor resultado, deixe a roupa de molho de 30 a 60 minutos.
Ao final do processo, se for de costume, adicione o amaciante de sua preferência.
A mesma forma de utilização será usada para processos de lavagem à mão.
Recomendações:
É recomendado, pelo fabricante, deixar a Okoball sob a luz do sol, uma vez por mês, durante uma hora ou mais para recarregar as cerâmicas.
A Okoball limpa, amacia, desinfeta, é anti-alérgica e elimina o cloro. Resultado: roupas com cores vivas, sem odores, sem químicas e fáceis de passar.
Preço especial de lançamento: R$ 98,00
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Componentes tóxicos em cosméticos
O Projeto Story of Stuff demonstra e comenta sobre vários problemas ambientais encontrados no cotidiano. Em seu vídeo mais recente foi analisado o problema dos componentes tóxicos nos cosméticos, algo que todos consideram seguros e na maioria das vezes nem imaginam que possam fazer mal a saúde.
Precisamos prestar mais atenção no que consumimos!!!!
Consumo Consciente: a nova onda pós-sociedade de consumo
Extrato da reportagem “Corrida para Onde?” de Eduardo Shor publicada na edição de fevereiro de 2010 da revista Página 22:
“Homens e mulheres poderiam ter feito outra opção. No lugar da sociedade de consumo, a sociedade da abundância, na qual se preserva e economiza mais do que se destrói e se gasta. Mas isso não ocorreu. Trabalhamos cada vez mais, porque é fundamental ter cada vez mais. Por comprarmos itens além do necessário, precisamos aumentar a produção sempre. Quando as pessoas entram na lógica do consumo, elas perdem a figura do ”ser humano integral“, aquele que decide o que quer sem se atrelar ao último modelo de carro, à grife mais famosa, aos apelos do marketing e da propaganda.”
Podemos concluir então que a bola da vez é o consumo consciente! Saber o quê e porquê se compra, reconectar com a família, com os valores familiares, com a natureza, e não se deixar levar pelo consumismo desenfreado, que não aumenta a felicidade de ninguém, ao contrário, dívidas só trazem tristeza e desilusão.
Podemos concluir então que a bola da vez é o consumo consciente! Saber o quê e porquê se compra, reconectar com a família, com os valores familiares, com a natureza, e não se deixar levar pelo consumismo desenfreado, que não aumenta a felicidade de ninguém, ao contrário, dívidas só trazem tristeza e desilusão.
Deputado quer proibir venda de produtos que contenham Bisfenol-A no Rio de Janeiro
Rio – Com a finalidade de esclarecer e resguardar a vida das pessoas, principalmente de crianças que se utilizam de mamadeira plástica nos primeiros anos de vida, o deputado Dionísio Lins (PP), apresentou na Assembléia Legislativa, projeto de lei que proíbe a venda de mamadeiras e demais produtos de plástico que contenham a substância bisfenol-A.
Segundo o parlamentar, estudos comprovam que o acúmulo deste aditivo pode causar câncer, além de estar associado à puberdade precoce em meninas, uma vez que imita o hormônio Estrogênio; isso sem contar que, quando do aquecimento de líquidos dentro da mamadeira, como o leite, por exemplo, o alimento fica contaminado pelas substâncias presente no plástico das mamadeiras, entre eles o bisfenol.
- Recentemente a União Européia proibiu a fabricação de produtos que contenham essa substância, já que estudos mostraram que ele causa câncer e afeta o sistema imunológico, principalmente em recém nascidos e crianças – disse o deputado.
Ele explicou ainda que, a atenção deve ser voltada principalmente para o número 07, que indica a presença do Bisfenol, e pode ser identificado em um triângulo localizado na parte debaixo do produto plástico. Pratos e copos podem conter o produto, por isso, é aconselhável aquecer os alimentos em recipientes de vidro ou cerâmica, jamais ferver nem lavar a mamadeira com água quente, bastando detergente e água.
- Estes e outros esclarecimentos devem ser colocados a toda a população, principalmente às mães. O Bisfenol A é utilizado na composição do plástico para oferecer maleabilidade, ou seja, sem isso, o plástico fica duro e quebradiço – esclareceu.
O projeto determina ainda que o fabricante esclareça ao consumidor, quais são os riscos deste produto para a saúde e os cuidados no manuseio em caso de contato com a água fervente e alimentos. Ele garante ainda que, o descumprimento da lei implicará ao infrator uma multa no valor de 1.000 Ufirs, sendo que, em caso de reincidência, esse valor será 50 vezes o valor previsto.
- Dependendo da gravidade da infração, o estabelecimento poderá ter cancelado sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal – ICMS. Todo o valor arrecadado será revertido para o Fundo Especial de Apoio a Programas de Proteção e Defesa do Consumidor – FEPROCON.
Notícia publicada no dia 14/12/2010 no G1 – Globo
Segundo o parlamentar, estudos comprovam que o acúmulo deste aditivo pode causar câncer, além de estar associado à puberdade precoce em meninas, uma vez que imita o hormônio Estrogênio; isso sem contar que, quando do aquecimento de líquidos dentro da mamadeira, como o leite, por exemplo, o alimento fica contaminado pelas substâncias presente no plástico das mamadeiras, entre eles o bisfenol.
- Recentemente a União Européia proibiu a fabricação de produtos que contenham essa substância, já que estudos mostraram que ele causa câncer e afeta o sistema imunológico, principalmente em recém nascidos e crianças – disse o deputado.
Ele explicou ainda que, a atenção deve ser voltada principalmente para o número 07, que indica a presença do Bisfenol, e pode ser identificado em um triângulo localizado na parte debaixo do produto plástico. Pratos e copos podem conter o produto, por isso, é aconselhável aquecer os alimentos em recipientes de vidro ou cerâmica, jamais ferver nem lavar a mamadeira com água quente, bastando detergente e água.
- Estes e outros esclarecimentos devem ser colocados a toda a população, principalmente às mães. O Bisfenol A é utilizado na composição do plástico para oferecer maleabilidade, ou seja, sem isso, o plástico fica duro e quebradiço – esclareceu.
O projeto determina ainda que o fabricante esclareça ao consumidor, quais são os riscos deste produto para a saúde e os cuidados no manuseio em caso de contato com a água fervente e alimentos. Ele garante ainda que, o descumprimento da lei implicará ao infrator uma multa no valor de 1.000 Ufirs, sendo que, em caso de reincidência, esse valor será 50 vezes o valor previsto.
- Dependendo da gravidade da infração, o estabelecimento poderá ter cancelado sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal – ICMS. Todo o valor arrecadado será revertido para o Fundo Especial de Apoio a Programas de Proteção e Defesa do Consumidor – FEPROCON.
Notícia publicada no dia 14/12/2010 no G1 – Globo
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
MANIFESTO pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil
Em defesa dos diretos da infância, da Justiça e da construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira, pessoas, organizações e entidades abaixo assinadas reafirmam a importância da proteção da criança frente aos apelos mercadológicos e pedem o fim das mensagens publicitárias dirigidas ao público infantil.
A criança é hipervulnerável. Ainda está em processo de desenvolvimento bio-físico e psíquico. Por isso, não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.
Consideramos que a publicidade de produtos e serviços dirigidos à criança deveria ser voltada aos seus pais ou responsáveis, estes sim, com condições muito mais favoráveis de análise e discernimento. Acreditamos que a utilização da criança como meio para a venda de qualquer produto ou serviço constitui prática antiética e abusiva, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing.
A publicidade voltada à criança contribui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.
Acreditamos que o fim da publicidade dirigida ao público infantil será um marco importante na história de um país que quer honrar suas crianças.
Por tudo isso, pedimos, respeitosamente, àqueles que representam os Poderes da Nação que se comprometam com a infância brasileira e efetivamente promovam o fim da publicidade e da comunicação mercadológica voltada ao público menor de 12 anos de idade.
A criança é hipervulnerável. Ainda está em processo de desenvolvimento bio-físico e psíquico. Por isso, não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.
Consideramos que a publicidade de produtos e serviços dirigidos à criança deveria ser voltada aos seus pais ou responsáveis, estes sim, com condições muito mais favoráveis de análise e discernimento. Acreditamos que a utilização da criança como meio para a venda de qualquer produto ou serviço constitui prática antiética e abusiva, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing.
A publicidade voltada à criança contribui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.
Acreditamos que o fim da publicidade dirigida ao público infantil será um marco importante na história de um país que quer honrar suas crianças.
Por tudo isso, pedimos, respeitosamente, àqueles que representam os Poderes da Nação que se comprometam com a infância brasileira e efetivamente promovam o fim da publicidade e da comunicação mercadológica voltada ao público menor de 12 anos de idade.
ASSINE O MANIFESTO EM: http://www.publicidadeinfantilnao.org.br/
A ERA DA ESTUPIDEZ – Filme critica a “estupidez” humana diante das mudanças climáticas
“A Era da Estupidez” mostra a passividade humana diante das consequências do aquecimento global.
A história se passa em 2055, e o personagem o ‘arquivista’ (Pete Postlethwaite) vive sozinho em um mundo devastado por causa do aquecimento global e utiliza seu tempo arquivando imagens do passado. Selecionando alguns vídeos, ele questiona por que a humanidade não tomou providências enquanto podia.
O filme alterna depoimentos de seis pessoas que, de alguma forma, contribuem, combatem ou são atingidos pelas mudanças ambientais e humanas no planeta aos possíveis cenários para o mundo ao longo dos anos.
Imagens reais e animações tecem o enredo e mostram o que devemos fazer para modificar esse sombrio futuro que nos espera se continuarmos com a má utilização dos recursos naturais.
Através dos depoimentos, tragédias como a do Furacão Katrina, que destruiu o sul da Flórida, são humanizadas e causam empatia nos espectadores, que podem perceber sua participação na mudança climática e assim repensar seu consumo e se engajar na luta a favor da sustentabilidade.
Os contrastes focados pela diretora ilustram as imensas desigualdades sociais entre as pessoas e o quanto a maioria não percebe as consequências dos seus atos.
Preste atenção na justificativa da pequena comunidade inglesa contra a implantação de turbinas que produzem energia eólica, a possível diminuição do preço de suas fazendas pela “feiura” dos tais objetos, e o fato de essas pessoas afirmarem que são a favor das energia alternativas.
A esperança de pessoas como o inglês Piers Guy e sua família, que vivem sustentavelmente, e da nigeriana Layaefa Malemi, que quer entrar na faculdade de medicina e ajudar sua comunidade, amenizam o clima nebuloso causado pelos dados alarmantes do filme.
A “A Era da Estupidez” é um filme que traz muita reflexão e quem sabe pode trazer mudanças no jeito de agir das pessoas. A exibição do longa-metragem está vinculada à Campanha Global de Ações pelo Clima (GCCA), também denominada no Brasil campanha TicTacTicTac, é uma aliança inédita de organizações não-governamentais, sindicatos, grupos religiosos e pessoas que reivindicam um acordo ambicioso e justo na Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Assistam o vídeo, em 9 partes : http://www.youtube.com/watch?v=68KYNo_qdxU&feature=player_embedded
* Colaboração de Maurício Gomide Martins, para o EcoDebate, 19/12/2010
Plástico verde: solução ou problema?
Ambientalista Luiz Jacques Saldanha |
Por Ilza Girardi - especial para a EcoAgência
Ilza – Jacques, o que é o “plástico verde”? Será que ele resolverá todos os problemas que os plásticos têm causado em termos de poluição do ar, da água e da terra?
Jacques – Bem, este é o mais novo engodo que o sistema nos presenteia. E é um engodo da pior espécie porque está, pela primeira vez, fazendo um dos maiores greenwashing dos últimos tempos em nosso meio, no que se refere a resinas plásticas!
I – O que o greenwashing tem a ver com esse plástico?
J – É uma expressão empregada pelos ecologistas no mundo inteiro para desmascarar estas jogadas de marketing que as grandes poluidoras mundiais têm procurado fazer com a boa vontade e a boa fé dos cidadãos planetários. Na verdade, essa é uma forma de se relacionar com um termo semelhante como o que se emprega no mundo do crime. A mídia criou a expressão “lavagem do dinheiro” quando denuncia o que os criminosos tentam fazer para “limpar” um dinheiro de sua origem ilícita. Aqui é a mesma coisa. A diferença é que o crime aqui se relaciona com a questão ambiental e a saúde pública. E nesse caso, toda essa construção deste plástico ser “verde” demonstra a mesma maracutaia.
I – Mas e por que eles não são “verdes”?
J – Nem todas as pessoas sabem que o petróleo em si é um produto natural. Muitas pessoas acham que o próprio petróleo já é um problema. Mas não. O petróleo é um bem natural e biodegradável por ser metabolizável pelos seres vivos. Apesar de ter em sua composição de petróleo bruto a presença dos cancerígenos PAHs - aromáticos policíclicos. Assim é fundamental nos darmos conta de que é esse permanente jogo da desinformação que faz com que o sistema se mantenha vivo. E tem sido esse jogo que tem levado a muitos de nós, cidadãos comuns, nos sentirmos tão desamparados e impotentes que ficamos zonzos e faz com que nas situações da vida passamos a ser contra tudo ou aceitarmos tudo. Fazemos isso por absoluta falta de chão! Assim, quando afirmamos que eles não são verdes é porque o produto que eles vão produzir é exatamente igual ao outro! Sem tirar nem por! Tão poluidor e problemático como quaisquer dos outros plásticos que não são “verdes”.
I – Como assim?
J – Como disse antes, o petróleo é natural e por si só é biodegradável. O problema do petróleo não está nele mesmo, está em como a indústria petroquímica tem utilizado aquilo que lhe dá condições de fornecer a essência que mais lhe interessa: o carbono. O petróleo assim como outras fontes de carbono é o grande foco da indústria petroquímica. Ou seja, ela toma o carbono dessas fontes e daí para frente é que começa o seu grande drama. Esse elemento é utilizado para gerar substâncias que nunca existiram na vida da Terra. Essa artificialização do carbono nestas moléculas sintetizadas em laboratório é que vêm causando todo o drama dos últimos sessenta anos no planeta. E vão além das resinas plásticas aos venenos agrícolas, aos detergentes sintéticos, aos fármacos e a muitos outros. E todas essas moléculas são sintetizadas nos pólos petroquímicos. Pode-se ver essa pretensão na reportagem do Estadão de 25 de setembro último. Ali o executivo da corporação afirma que querem implantar essas fábricas por vários continentes (ver link: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=36663).
I – Mas há pouco tempo, ocorreu o derramamento de petróleo no Golfo do México gerando poluição e problemas ambientais, impensáveis e incalculáveis, e que vão perdurar por muito tempo.
J – Sim, tu tens razão. Esse caso é dramático. Lembro das palavras do Lutzenberger que dizia que “poluição é a coisa certa no lugar errado”. E o petróleo do Golfo do México foi bem esse caso.
I – Mas voltando ao caso da Braskem e ao plástico “verde” ...
J – Por isso é importantíssimo termos condições de entender um pouco mais tudo o que envolve o petróleo e a petroquímica. A começar por esta confusão geral em que mídia se mostra ignorante ou tendenciosa, demonstrando uma manipulação dos fatos quanto a esse “verde”. Ah! Inclusive foram tão fundo nesse processo que até alguns prédios foram pintados de verde como se vê em algumas fotos! Ficamos nos perguntando se esse pessoal não está sendo debochado ao fazer tudo isso para criar nesta fábrica a “imagem concreta” de quão “verdes” eles são.
I – E por que eles podem fazer isso com esse respaldo político, social e técnico?
J – Essa pergunta eu também me faço e vejo como nós, da sociedade civil, estamos abandonados e vulneráveis a todo esse esquema que se forma em torno daqueles que têm o poder econômico. Temos que perceber que a Braskem está fazendo muita força para se tornar uma das grandes transnacionais da petroquímica do mundo emergente. E como nossa sociedade ainda é muito vassala do poder econômico, há uma posição de subserviência muito forte nelas quando ninguém se questiona de nada. E digo isso porque se olhares as notícias sobre este evento, verás que tudo está dito sem nada ter sido escamoteado.
I – De que maneira?
J – O aspecto técnico, por exemplo. Os próprios técnicos da Braskem afirmam que essa resina vai ser exatamente igual às outras e que ela não será biodegradável. Ou seja, não trará nenhum benefício “verde” no seu uso. Terá seu comportamento, quando no ambiente, igual às outras resinas. E isso vem sendo dito e redito em vários momentos, desde a notícia do lançamento da pedra fundamental em 2009. Então sob o aspecto “ecológico”, essa tecnologia é um absurdo porque está buscando produzir um absurdo.
I – Tecnologia absurda?
J – Tu sabes que o Rio Grande do Sul não produz cana, a não ser meia dúzia de pés para as vacas para épocas de falta de pasto. O nosso estado não produz uma gota de etanol para ser escolhida aqui a feitura dessa fábrica. Mas então por que fazer por aqui? Na minha visão isso pode ser até maquiavélico. O Rio Grande ainda desfruta no país, de uma aura de um estado com preocupações ecológicas e que o seu povo seria muito exigente etc. Assim, fazer lá nos estados onde a Braskem tem seus pólos, São Paulo e Bahia, não traria tanta “credibilidade” para este plástico “verde” como aí, no berço do ecologismo no Brasil. Podes perceber que terão que ser trazidos mais ou menos 400 milhões de litros de álcool, conforme informam os técnicos, para produzir essas 200 mil toneladas de plástico “verde”. Imagina o custo energético e ambiental de se trazer essa matéria prima do Paraná, São Paulo e Minas! Isso é ecológico? Assim, fazer isso e aqui no estado demonstra o seu absurdo até porque o plástico será igual ao outro!
I – Mas onde está então o “verde” dessa tecnologia?
J – Estaria justamente nesta fonte de carbono, a cana de açúcar! E é nisso que, no discurso tecnocrático, tornaria esse plástico “verde”. E dizem, inclusive com grande alarde, de que para cada tonelada de plástico produzido nesta fábrica, ocorreria o seqüestro de, mais ou menos, umas 2,5 toneladas de carbono. Assim para nós, os cidadãos comuns e desinformados, parece que será no processo de fabricação, nesta passagem do carbono do álcool para o carbono do plástico que ocorreria o grande seqüestro desse gás de efeito estufa. Mas não! A enganação é essa. Estão falando do processo de fotossíntese da cana em que para produzir o amido, a planta utiliza o gás carbônico e que não tem nada a ver com a fabricação da resina plástica. E se fores contar o desperdício de energia para o transporte desses milhões de litros, cairiam por terra quaisquer insinuações de que esse processo tecnológico teria algo de ecológico.
I – Certo. Parece que está claro que esse processo não tem nada de ecológico e nem esse plástico seria, no mínimo, um pouquinho “erverdeado”. Mas um aspecto que sempre tens levantado inclusive está fortemente presente em teu site (www.nossofuturoroubado.com.br), é a presença dos aditivos ou plastificantes. Como será que ficariam neste processo?
J – Exatamente igual. É importante termos idéia de como a empresa quer apresentar seu produto. Como essa resina é idêntica à outra, a indústria está pretendendo inclusive colocar um selo nas embalagens para identificá-la para o consumidor final. E pasma. Eles estão inclinados a colocar coisas como essa – olha só a ironia e o deboche: “I’m green”. Assim o consumidor final pensaria que estaria consumindo algo realmente que fosse dentro dos princípios ambientais e ecológicos por ter essa expressão. Não é um absurdo!? Conseqüentemente, como ninguém fala no Brasil sobre os esses “adereços” dos aditivos – como o nonilfenol (proibido na Comunidade Européia), o ftalato, o bisfenol A (banido das mamadeiras no Canadá e em vários estados e cidades norte-americanas) dentre tantos outros – estariam completamente adequados para serem utilizados em quaisquer das resinas plásticas para que pudessem ter competitividade de mercado.
I – Levantaste um aspecto muito pouco falado e assumido no nosso país. A questão desses aditivos como o bisfenol A que nem se fala quanto mais haver qualquer discussão sobre sua nocividade. O que me dizes disso?
J – É assim como levantas. O bisfenol A hoje é o grande ícone da luta da cidadania informada e consciente na busca de eliminar esses aditivos que estão completamente escondidos no âmago dessas resinas plásticas. Isso porque nem se menciona e nem se cita na composição dos produtos. O bisfenol A, também conhecido no mundo pela sigla BPA, é o DDT do século XXI. Vale lembrar que o DDT foi identificado, nos anos sessenta, como o grande vilão dos venenos que transitavam da agricultura para nossa casa como inseticida, e que acabou permitindo que se desvelasse e se descortinasse todo o horror das moléculas sintéticas que vêm envenenando, ainda hoje, o nosso alimento de cada dia. Pois bem, o BPA também está abrindo essa porteira e parece que será através dele que se verá todo o horror que temos em nossos produtos do dia-a-dia e que estão inviabilizando a sobrevivência de todos os machos no planeta, incluindo os seres humanos.
I – Mas como disseste antes, porque tu achas que a nocividade dessas substâncias não está sendo reconhecida pelos órgãos encarregados de zelar pela saúde das pessoas no Brasil?
J – Acho que muitos são os fatores, mas alguns deles chamam a atenção. Começa com a ineficácia e a inoperância dos técnicos da Anvisa. Se existe toda essa pesquisa independente e que demonstra que esses aditivos estão comprometendo a saúde dos fetos e das crianças, por que não colocam sob suspeita todos eles como estão fazendo os países do primeiro mundo? Será que vamos continuar vivendo como temos vivido com os agrotóxicos que são banidos e proibidos em vários países do mundo e aqui continuam a ser usados livremente? Assim, só posso concluir que a visão de mundo desses técnicos tanto da saúde como do meio ambiente no Brasil, estão totalmente alinhados e comprometidos com a mesma visão dos técnicos e das direções das indústrias. Temos casos bem contundentes no Brasil com os trabalhos que a Fundação Osvaldo Cruz do Ministério da Saúde têm feito tanto sobre alguns desses aditivos como com os agrotóxicos. E aí vem a pergunta: por que os técnicos do governo federal que tratam desses temas, não “lêem”, não “ouvem”, não “conhecem” esses trabalhos dessas instituições públicas? Por que será que continuam a considerar as pesquisas, as respostas, os estudos financiados e apoiados pelas indústrias como os únicos que “poderiam” desfrutar de credibilidade? Acho que com essas minhas considerações e perguntas, a resposta está dada, não te parece?
I – Tu tens mostrado um documentário da tevê canadense de 2008 em que se mostra que esses mesmos aditivos e plastificantes que estão nas resinas plásticas das embalagens, também estão presentes nos produtos de beleza, como maquiagens, bloqueadores solares, batons e outros?
J – Sim. Existem vários sites europeus e norte-americanos que mostram a loucura que tem sido o emprego dessas moléculas em produtos como esses que mencionaste. Tenho no site que criei (www.nossofuturoroubado.com.br) uma série de artigos traduzidos daqueles sites e ONGs em que se vê as respostas científicas que mostram que essas moléculas deveriam ser eliminadas imediatamente. Não consigo entender como o dinheiro está tão acima da saúde de todas as crianças e nenês que ainda nem nasceram. Parece que só nós que estamos nesta busca, temos filhos, netos e descendentes. Parece que os “técnicos” que têm essa outra visão de mundo, sejam das indústrias ou dos organismos governamentais responsáveis pela regulamentação dessas substâncias, são os últimos seres vivos do planeta e que não têm nenhum compromisso com o futuro.
I – Eu quero que expliques mais um pouco, essas afirmativas que fizeste com relação a essas moléculas e a sobrevivência das “crianças e nenês que ainda nem nasceram” como disse antes.
J – Bem, o que vem se descobrindo, reafirmo e insisto, científica e completamente embasada, em pesquisas, testes, estudos e análises, nos últimos 20 anos, oriundos de universidades, de mestres e doutores formados nos mesmos moldes dos “técnicos” das indústrias, é a capacidade que essas moléculas, friso, artificiais têm de imitar o comportamento do hormônio feminino. E isso tem aberto uma nova percepção sobre a importância crucial de níveis, absolutamente adequados e compatíveis, de hormônios sexuais tanto do hormônio masculino testosterona como dos femininos estrogênios, na formação e na saúde dos nenês que estão sendo gestados no útero materno. Essas descobertas que agora não podem ser mais ignoradas nem negligenciadas por estarmos sem dúvida comprometendo a sobrevivência de todos os seres vivos, machos e fêmeas, neste planeta. E é só por isso que sou visceralmente contra quaisquer moléculas que sejam artificiais e por isso totalmente desconhecidas pela Vida. Estejam ou sejam elas resinas plásticas, fármacos, agrotóxicos, produtos domissanitários, cosméticos, tecidos, produtos de higiene e de limpeza, roupas, partes de utensílios como automóveis, computadores, aviões etc, etc, etc.
I – Então achas que o mundo moderno está sendo um grande erro?
J – Desta forma, sim. E essa minha percepção está fundada naquilo que acho que tem sido o nosso grande equívoco: substituir tudo o que é e era natural por tudo o que é definitivamente artificial. Mas, temos que nos dar conta que estamos num país onde dispomos de todas as moléculas naturais e que são elas que a química artificial tem tentado substituir pelas feitas em laboratórios. E dramaticamente, em vez de investirmos nossos recursos financeiros no sentido de aprimorar, adaptar e adequar essas moléculas que a Vida nos deu para sermos seus guardiões, optamos por ficar “aprimorando”, “adaptando” e “adequando” essas que estão levando à destruição da vida.
I – Por que falaste agora em investimento? Sabes como foram os investimentos dessa fábrica?
J – Sim. Isso está disponível para o conhecimento de todos. Conforme textualmente “o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo (SINDIPOLO), dos cerca de R$ 450 milhões para a construção da Planta Verde da Braskem, 70% são do BNDES que é dinheiro do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Dos 30% restantes, 40% é da Petrobras.” (ver link: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=36624). Acho que com esses dados mostram como se misturam os investimentos “privados” e a importância dada à saúde pública dos brasileiros. Eu espero que as pessoas, ao obterem essas informações, façam a opção sobre qual trilha elas querem seguir.
I – Novamente, agradeço em nome de outros ecojornalistas, tua contribuição por desvelares mais essa desinformação que está circulando em nosso meio.
EcoAgência 04 de Novembro de 2010
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